Valores específicos da União:

  • Liberdade e magnanimidade

Liberdade é a faculdade de cada um se decidir ou agir segundo a própria determinação. Para o Pai e Fundador, é a capacidade de decidir por si mesmo e de realizar o decidido. É ser livre de tudo o que nos afasta de Deus a fim de ser livre para Deus e os seus planos (é a fórmula: Livre de… a fim de ser livre para…). A liberdade para o cristão é um chamado à responsabilidade; o homem deve usar a sua liberdade em vista do seu destino eterno. “Em virtude de sua alma e de seus poderes espirituais de inteligência e vontade, o homem é dotado de liberdade, sinal eminente da imagem de Deus” (CIC 1705). “Ela pertence à essência do homem, é sua coroa, o mais nobre que possui e o torna, em sentido pleno, imagem e semelhança do Criador.” (Carmona. Schoenstatt. Que es?, p.46)

O Pai distingue a União dos Institutos pela forma como assumimos os compromissos em liberdade. Dirigindo-se à União Feminina afirma: “Nós somos livres!” (Conferência de 09/08/1950)

  • Conselhos Evangélicos

“Os Conselhos Evangélicos são certos meios para praticar a virtude, recomendados no Evangelho, pelos quais se alcança um grau especial de perfeição cristã”. Em outros termos, “são meios e caminhos que nós aplicamos com liberdade e magnanimidade para alcançar o ideal”.  Aspirar a realizar o ideal, seja o ideal pessoal, seja o do Curso ou outro ideal de nossa Família de Schoenstatt, sempre significa caminhar em direção a um alto grau de perfeição.  Por estes ideais sempre entendemos o grau mais alto possível de semelhança com Cristo e com Maria. (cf. Pe. Mosbach, Se Queres ser Perfeito…, p. 19 e 23). Como casais da União aspiramos “ao mais alto grau possível de perfeição de estado dentro do espírito dos Conselhos Evangélicos…”(Art. 4o. do Estatuto). Nosso Pai e Fundador aponta os Conselhos Evangélicos como o caminho para a santidade. Todo aquele que, de algum modo, quer ser santo não poderá sê-lo sem o cultivo dos Conselhos Evangélicos. (cf. Ser Filho Diante de Deus, II, p.129).

  • Máximo cultivo de espírito

O cultivo de espírito é essencial na União. O Pai e Fundador ensinou que, “como temos tão poucos vínculos”, em comparação com os Institutos, “o cultivo de espírito deveria ser ainda maior entre nós” do que entre eles (cf. Retiro de 1950 à União Feminina, p.16).

A União deve garantir que, pela educação, a maior liberdade exterior seja corretamente utilizada. Mais que o Instituto, a União depende de um cultivo de espírito autêntico e assegurado. O objetivo da União é formar educadores educados, ou seja, capacitar todos os unionistas para se deixarem guiar pelo Espírito Santo e não pelo espírito natural e, menos ainda, pelo espírito mundano. Concretamente, buscamos o cultivo do espírito de magnanimidade, de família e de responsabilidade apostólica (cf. Pe. Bezler, Reflexões sobre a natureza da União, pó.31-33). “O maior grau possível de cultivo de espírito”, que estabelece o nosso Estatuto (Art. 10), deve ser atingido pela formação que a União nos proporciona, pela seriedade na prática dos meios ascético-pedagógicos e pela nossa vida de Aliança com a Mãe.

  • Família

A família é uma íntima comunidade de vida e de amor… Por isso, é-lhe confiada a missão de guardar, revelar e comunicar o amor. (FC 17) “É a célula primeira e vital da sociedade. É a primeira escola daquelas virtudes sociais que são a alma da vida e do desenvolvimento da mesma sociedade.”(AA 11, FC 42). Ela tem um “valor único e insubstituível para o progresso da sociedade e da própria Igreja” (ChL 40). O nosso Pai e Fundador afirma que ela é o fundamento e a coroa da Obra de Schoenstatt, da Igreja e da sociedade.

  • Santidade matrimonial

“A vocação universal à santidade é dirigida também aos cônjuges e aos pais cristãos. Todos os cônjuges são chamados, segundo o plano de Deus, à santidade no matrimônio” (FC 34 e 56).

Aos casais, em Milwaukee, o nosso Pai e Fundador enfatiza: “Queremos tornar-nos santos, não por sermos cônjuges também, mas exatamente por sermos cônjuges de forma explícita…” (Às Segundas-feiras ao Anoitecer, I,  p. 67) E conforme o nosso Estatuto, “Os esposos…decidem-se livremente pela aspiração ao mais alto grau possível de perfeição de estado, dentro do espírito dos Conselhos Evangélicos no ambiente sacramental do matrimônio e da família”( art.4º). Perfeição de estado é santidade.

  • Família de famílias

O nosso Estatuto reza: “A União… é uma comunidade de famílias católicas. Compreende-se como uma Família de famílias, um novo tipo de comunidade livre…” (art.2º) No Retiro de fundação da União de Famílias o Pai e Fundador disse: “Assim como antigamente havia famílias que se agrupavam em clãs, queremos formar clãs nos quais os membros conservam a sua independência sem, no entanto, deixar de unir-se para um caminho e para uma ordem comuns.” (Retiro de 1950, p.8). Desta forma, a União torna-se uma Família ampliada, na qual todos lutam pelos mesmos ideais, comungam os mesmos valores e se empenham “pela transformação do mundo, em Cristo por Maria, a partir de Schoenstatt.” (Estatuto, art. 3º).

  • Espírito comunitário

Conforme nosso Pai e Fundador a “União é uma comunidade de guias, apostólica…”. Reiterando esse pensamento, diz o art. 2º do Estatuto: “A União Apostólica de Famílias de Schoenstatt no Brasil é uma comunidade de famílias…”

O espírito comunitário é muito forte e importante para a União de Famílias, devendo ser cultivado desde o início de cada curso. Devemos ter plena consciência de que Comunidade é viver um no outro, com o outro e para o outro.

Comunidade é o envolvimento do ser humano que age numa doação de reciprocidade, estando unido a outros por um vínculo espiritual. É o lugar de pertença e abrigo e dá espaço à individualidade e à sociabilidade.