No dia 1º de julho, as famílias dos cursos perpétuos da Região São Paulo se reuniram junto ao Santuário da Permanente Presença do Pai para o seu retiro anual, tendo como pregador o Pe. Antonio Bracht.
Esse ano a dinâmica do retiro foi um pouco diferente, pois não foi um “retiro do silêncio”, mas um momento de reflexão e partilha. Na parte da manhã, Pe. Antonio expôs sobre as acusações contra o nosso Pai Fundador e como estas estão ligadas à questão da paternidade. Aprofundamos nosso conhecimento sobre o princípio paterno na condução das comunidades de Schoenstatt.
Essa paternidade deve estar firmemente ancorada no mundo sobrenatural e ser eficaz na promoção da vida. Essa eficácia se expressa nos usos e costumes relacionados a esse vínculo familiar. Pe. Antonio explicou ainda sobre a adoção espiritual schoenstattiana, que consiste em acolher aqueles que não tem experiência de pai, ou tem uma experiência deficitária ou ruim, para que experimentem a paternidade saudável no nível natural, para conseguir transpor depois para a paternidade divina, no nível sobrenatural.
Após essa primeira motivação, cada casal refletiu sobre três perguntas: 1) O que os motiva a se ocupar do tema agora? 2) Quais perguntas ficam sem resposta? 3) O que Deus nos diz? (primeira tentativa de interpretar os fatos para nós como casal e família)
Depois do almoço, nos dividimos em grupos de 2 ou 3 casais para discutirmos sobre o carisma de Schoenstatt. Foi lançado o desafio de explicar para um estranho como e porque a Aliança de Amor é o carisma de Schoenstatt. Para isso debatemos os elementos constitutivos do carisma do Fundador – quais são e como se compõem entre eles e ao final, cada grupo formou uma frase expressando o carisma, sendo que não podíamos usar a palavra Aliança de Amor.
Esse trabalho foi muito interessante e depois cada grupo apresentou a sua frase em plenário. Após o intervalo do cafezinho, o Pe. Antonio voltou com outras reflexões sobre essas perspectivas. Descreveu o carisma como “um processo de vida que acontece por iniciativa de Deus e se estabelece na igreja, constituído por uma forma original de seguimento a Cristo e de acesso ao evangelho, que posto em diálogo com a realidade e a serviço da comunidade, dinamiza valores centrais e as correspondentes atitudes e gera frutos de transformação, de santidade e de serviço à missão.”
Com base nessa definição, descreveu o carisma de Schoenstatt como “o processo de vida de uma Aliança de Amor com Maria no Santuário, realizado pela primeira vez em 18 de outubro de 1914, e a dinâmica eclesial que dela surge como forma prática de encontro pessoal com Cristo e de seguimento ao Cristo dos vínculos e de compreensão do evangelho como revelação de vida, que dialogando com o Deus providente que se revela nos acontecimentos como bom Pai e servido à vida através do processo de educação na força da paternidade/maternidade, promove a liberdade e a personalização, levando à descoberta e paulatina realização do ideal pessoal e comunitário para crescer na santificação da vida diária e na entrega à missão de vida, pessoal e da comunidade.”
Após a partilha sobre os “ecos do encontro”, encerramos o retiro com a santa missa, ainda mais empolgados pelo carisma de Schoenstatt e de nosso Pai Fundador, com a consciência de que somos enviados a propagar essa riqueza em todos os ambientes em que vivemos.